
Não há vida mais excitante que a de um extintor. Gostamos de "espalha-brasas" e temos uma atracção doentia pelo fogo. Vivemos do perigo e quando não o fazemos, vivemos da expectativa. Somos pacientes, esperamos o tempo que for preciso. Dentro de salas, corredores de prédios, carros, barcos, ruas, cafés ou cinemas. Somos rodados, é um facto. De vez em quando arremessados, quando não há mais nada à mão. Também somos usados em manobras de diversão, quando o extintor é usado em vão e a nossa essência lança névoa sobre o incauto e protege o ladrão. Tudo o que sabemos e que nos descansa, é que o extintor não está, de certeza, em vias de extinção.
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