domingo, 14 de novembro de 2010

memorias de um EXTINTOR





























A minha esperança média de vida é 1 ano, sim, ouviram bem, 1 ano.
Se soubessem que apenas viveriam o ano correriam o mundo, gastariam as vossas poupanças, cometeriam loucuras... Eu? Eu apesar de saber logo no primeiro dia que 365 dias depois passo a validade, mantenho-me sempre  a postos, sempre no lugar. Pronto para a acção que nunca chega.

Imóvel, vejo a vida dos outros a passar  à minha frente. Ninguém repara em mim, nunca ninguém repara em mim, apesar de ser vermelho, cheio de sinalética à volta e autocolantes giros... Nada!
Uma vez por ano, com sorte, vem o homem da manutenção, vê-me a pressão, remexe-me e tal e depois... vira o disco e toca o mesmo! Mas porque porra é que não há um incendio? 

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