terça-feira, 23 de novembro de 2010

Vender Portugal

Objectivo do filme: Vender Portugal aos portugueses. Vender no sentido de afinidade. Vender afeição pelo país, através de história, valores, sentidos, sentimentos, mais valias, personalidades, etc., para que desta forma, o público, se torne mais patriótico. Através dum personagem oculto, percorre-se uma casa com várias divisões e de uma para outra vão-se dando saltos cronológicos. Da fundação de Portugal à contemporaneidade, vislumbram-se variados gimmicks identificativos da data, ou de personagens históricas, ou de produtos nacionais de valor, ou de zonas do país, etc.

Conceito: "Tem muito para além daquilo que é"!

1ª Cena - Inicio/ Alma


Cavalos Puro Sangue Lusitano a correrem no campo. O Personagem (oculto, apenas vislumbramos o que ele vê) acompanha o movimento dos cavalos, com os olhos, a correrem campo abaixo. Quando se torna a voltar para "a frente", aparece na imagem a entrada do Castelo de Guimarães. O Personagem aproxima-se dos portões do Castelo e entra.

2ª Cena - Fundação/ História


O personagem depara-se, num salão, com um banquete grande medieval. Mesa corrida e o Rei (D. Afonso Henriques) aparece ao centro do banquete pronto para se sentar, tirando o seu característico capacete e entregando-o, juntamente com a espada, a um súbdito. Ao percorrer a mesa do banquete o nosso personagem encaminha-se para uma porta no lado direito do salão e atravessa-a.

3ª Cena - Descobrimentos/ Arte/ História


O personagem entra numa sala de estilo Manuelino, onde Camões declama a própria obra dos Lusíadas, em concreto o Canto IV "o Velho do Restelo" para uma pequena plateia. Atrás de si o poeta tem uma janela que dá para o Tejo e onde se podem ver Naus e Caravelas atracadas no cais. O personagem avança em direcção a Camões e, do lado esquerdo da sala, atravessa uma pequena porta.

4ª Cena - Douro/ Vinho do Porto/ Tradição/ Paisagens Naturais


O personagem desce umas escadas estreitas de pedra e de repente está numas Caves Velhas, escuras, bafientas e com ar denso, de Vinho do Porto, com barricas grandes dos dois lados. Ele atravessa as caves e no fim da mesma sobe a uma barrica de modo a conseguir espreitar pela frincha na parede de pedra que dá para o exterior da mesma. Aí ele pode vislumbrar o Rio Douro e as vinhas em socalcos contornando-o. Desce e regressa até uma porta a meio das caves entrando.

5ª Cena - Geração de Orpheu/ Arte/ História

Numa sala com pouca iluminação e bastante fumo, num ambiente artístico, vislumbram-se alguns artistas da geração de Orpheu como Fernando Pessoa a escrever numa mesa, Amadeu de Sousa Cardoso a pintar num canto da sala, enquanto que outros filosofam pela sala em pequenos grupos. Sala desarrumada e com garrafas e copos espalhados pelas escrivaninhas e mesas. O personagem avança em direcção a uma nova porta e atravessa-a.

6ª Cena - Fátima/ Religião/ Valores/ Estado Novo

O nosso personagem entra numa casa humilde, num ermo, com alguns móveis em madeira. Uma casa vazia de pessoas e com uma janela de tamanho considerável. Ele abre a janela e vislumbra ao longe uma multidão de costas, em pé, atrás de três crianças de joelhos. À frente destas crianças está uma Oliveira e o sol incide por cima da mesma. Ele vira-se para trás e vai direito a outra porta.

7ª Cena - Fado/ Arte/ Gastronomia


O personagem encontra-se agora numa tasquinha castiça, onde a um canto da sala se vislumbra Amália Rodrigues a cantar. Vêem-se pessoas nas mesas a jantar, pratos de bacalhau e a beberem vinhos de jarro. O personagem dirige-se a uma porta de madeira.

8ª Cena - 25 de Abril/ História/ Valores


O personagem está agora numa sala onde 5 ou 6 soldados, uns de espingarda ao ombro, outros com as espingardas encostadas à parede, se felicitam pelo feito alcançado. As espingardas têm cravos nos canos. O nosso actor encaminha-se para um hall e entra para um elevador antigo com portas de ferro. Vê-se o elevador a passar os andares e a parar depois de passar a cave num"andar" chamado gruta.

9ª Cena - Grutas/ Paisagens Naturais


O protagonista atravessa umas longas grutas em direcção à luz ao fundo do túnel, passando por estalactites, estalagmites e lençóis de água e lagoas interiores e à medida que atravessa a gruta em direcção à luz, esta torna-se cada vez mais forte encandeando-o e levando-o a colocar a mão à frente da cara.

10ª Cena - Desfile de Moda/ Futebol/ Monumentos


Quando "dá por si" o personagem está em cima duma passerelle, como modelo e desfila, cruzando-se com a modelo Flôr e o Cristiano Ronaldo. Na primeira fila está José Mourinho, Ana Salazar e Fátima Lopes. Ao fundo da Sala (que tem uma arquitectura moderna) vislumbra-se por um grande painel em vidro o Templo de Diana em Évora iluminado e o actor volta a encaminhar-se para os bastidores desfilando. Quando está para atravessar o pano que divide a passerelle dos camarins, ele "salta" para outra "divisão da casa".

11ª Cena - Modernidade/ Arte/ Paisagem Natural/ Arquitectura


O personagem entra numa sala de uma casa moderna, contemporânea, em que está a Maria João pires a tocar piano e onde por trás da mesma se vislumbra uma piscina, através duma janela, com uma praia do Algarve no horizonte. O actor abre a janela da varanda, e mergulha para dentro da piscina. Vêm-se as bolhinhas dentro de água e quando vem à tona vira-se e vê uma casa do Siza Vieira.


Última Cena - Fim/ Conceito

O personagem ainda dentro da piscina dá meia volta e vislumbra a paisagem da praia do Algarve. Aí aparece o logótipo da Campanha e o Conceito "Portugal, tem muito para além daquilo que é"

Trabalho realizado por:
Rita Mateus; Tomás Pimenta da Gama

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