Esta é a época em que a lentidão é uma renegada. Incompreendida acima de tudo. Mas a que poderemos chamar lento? À Justiça portuguesa que aos nossos olhos é demasiado branda e deixa cá fora os culpados?Ou a uma lagarta que leva séculos a percorrer a sua meta?
Chego à conclusão que tudo não passa de um ponto de vista. Calçando umas luvas, tento compreender o conceito lentidão aplicado aos dois “problemas” atrás mencionados.
Dissecando a lentidão da Justiça portuguesa: a justiça controla o comportamento dos cidadãos, em relação à lei. A Justiça ao penalizar quem as transgride está a por em prática códigos penais, previamente elaborados na assembleia da república. A lentidão advém sim de códigos mal estruturados e em constante mutação. Esta lentidão está directamente ligada à responsabilidade do cidadão eleger pessoas competentes na governação. Portanto esta lentidão vista de outro ângulo, é em última instância da responsabilidade da maioria dos eleitores.
Já a lentidão da lagarta, só é vagarosa para quem se locomove mais depressa. Para a própria é apenas uma sincronia com a natureza, de recordar que mais tarde ganhará asas e voará por si própria.
Por isso proponho que antes de marginalizar a lentidão a dissequemos como se estivéssemos em laboratório. As surpresas irão ser cada vez maiores e quem sabe um dia, ganharemos asas.
(ex. crónica sobre a lentidão)
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